E um país situado nas Montanhas Apeninas. Ele é um enclave encravado, completamente envolto pela Itália. Seu tamanho é de apenas 61 km² com uma população estimada em 30 000 hab, das quais 99% segue a religião Católica. Sua capital é a Cidade de San Marino. Um dos microestados europeus, junto com Liechtenstein, Vaticano, Mônaco, Andorra, e Malta, San Marino tem a menor população de todos os membros do Conselho da Europa.
San Marino é o mais antigo Estado soberano e república constitucional do mundo, tendo sido fundada em 3 de setembro de 301 por Marinus de Rab. Diz a lenda que Marinus deixou Rab, então uma colônia romana, em 257, quando o futuro imperador, Diocleciano, emitiu um decreto solicitando a reconstrução dos muros da cidade de Rimini, que havia sido destruída por piratas Libúrnios.
A Constituição de San Marino, promulgada em 1600, é a mais velha constituição do mundo ainda em exercício. Ela estabelece uma forma parlamentar de governo. O parlamento, chamado de Grande e Geral Conselho, possui sessenta membros e é presidido por dois capitães-regentes, que são Chefes de Estado por um prazo de seis meses. O poder executivo é exercido pelo Congresso de Estado, formado de dez conselheiros escolhidos entre os membros do Grande e Geral Conselho.
Apesar de não ser muito industrializado, San Marino tem uma das maiores rendas per capita da Europa. O turismo é a principal fonte de renda do país, devido sua proximidade com o porto de Rimini, no mar Adriático. Outras fontes de renda são os bancos, produtos eletrônicos e cerâmicas. Cultivam-se vinhas e cereais e criam-se ovinos nos campos.
O país destaca-se também por realizar uma das etapas do Grande Prêmio de Fórmula 1, o Grande Prêmio de San Marino, e da mundial de MotoGP, o Grande Prêmio de San Marino de MotoGP. O primeiro evento foi feito de 1963, e a partir de 1981, passou a ser disputado regularmente. Em 1994, houve um famoso incidente, onde os pilotos Ayrton Senna e Roland Ratzenberger morreram em dias consecutivos.
São Marinho tem uma das menores forças armadas do mundo. Seus diferentes ramos têm variadas funções, incluindo: desempenho cerimonial, patrulhamento das fronteiras, montar guarda em prédios do governo, da polícia e de assistência nos principais processos penais. Existe também uma polícia, que é tecnicamente parte das forças militares da República Sereníssima.
Por volta do século XII, San Marino já tinha uma configuração política, com seus estatutos e cônsules, e devido ao isolamento geográfico conseguiu manter-se independente, apesar da rivalidade entre nobres e bispos vizinhos. Em meados do século XV, San Marino era uma república regida por um conselho de sessenta membros. No século XVI, foi ocupada temporariamente por César Bórgia. Tentativas de anexação aos Estados Pontifícios, no século XVIII, marcaram o declínio da república.
Quando Napoleão invadiu a Itália, respeitou a independência da República de São Marino e chegou a propor a extensão de seu território em 1797. Mais tarde, o Congresso de Viena (1815), no final das guerras napoleônicas, reconheceu a soberania do país. Durante o movimento de unificação da Itália, São Marino ofereceu asilo a revolucionários, entre os quais Giuseppe Garibaldi. Depois que a Itália se unificou, uma série de tratados -- o primeiro deles em 1862 -- confirmou a sua independência.
A república adotou o regime fascista, em consonância com a política italiana, e em 1944 foi invadida por soldados alemães, bombardeada e ocupada pelas forças aliadas. Recuperada a independência, San Marino foi governado por uma coligação de comunistas e socialistas até 1957, quando chegou ao poder uma aliança entre o Partido Democrático Cristão e o Partido da Democracia Socialista. Em 1978, comunistas e socialistas voltaram ao governo, no qual se mantiveram depois das eleições de 1983.
Em julho de 1986, a crise política resultante de um escândalo financeiro que envolveu socialistas levou à formação de uma nova coligação entre democrata-cristãos e comunistas. Em 1990, o Partido Comunista passou a se chamar Partido Democrático Progressista. Dois anos depois, os democrata-cristãos aceitaram formar um governo conjunto com os socialistas e decidiram não fazer novas alianças com os progressistas, devido à derrocada do comunismo na Europa.
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